quinta-feira, 14 de maio de 2009

A alma e o corpo

Chutando paredes em meu interior
Porque dói demais
E as emoções não acompanham a razão
E porque,no fim das contas, eu sou só uma criança querendo o leite da mãe, egoísta, mimada, nervosa e birrenta
A alma imoral, não acompanha o corpo de mulher
O corpo,moralizado, impossibilitado de chutar paredes e dar birras, teme sua extinção se obedecer à imoralidade da alma, mas não deixa barato
Então não durmo,
As pernas não param, inquietas mesmo sob o reclame alheio,
E o grito preso, é liberado em choro
Assim me revelo
E anseio um só encontro, um só momento
Aquele quando não mais haverá dualidades
Em que verei e me verei como sou vista
Verei alma e corpo em paz um com outro
E com os outros
Chega de guerra!
(Nos relacionamentos, como nas guerras, ao chegar o fim, todos saem perdendo)
E que venha o começo,
Sem paredes e sem dores!

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