domingo, 22 de março de 2009

SOBRE DEUS E AS CRIANÇAS

Existe um questionamento em mim. Não apenas um, mas especialmente um, ultimamente.
É um mistério paradoxal as palavras do salmista e repetidas por Jesus que dizem que da boca de pequeninos e crianças de peito Deus tira o perfeito louvor.
Como pode tal coisa? Afinal, louvor não é o engrandecimento e reconhecimento da pessoa de Deus? Muitos podem pensar, sim, e isso não tem nada de paradoxal. As crianças são ingênuas, humildes, dependentes e por isso delas veem elogios perfeitos a Deus.
Mas eu me pergunto: como delas veem elogios perfeitos sobre o Ser se vivem centradas em seu próprio ser? Sim, um dos grandes marcos da infância é o desconhecimento do mundo e a centralidade do eu. E, obviamente, a maturidade se caracteriza pela existência da percepção sobre os outros como iguais e não como seres que existem para nosso prazer.
É daí que vem meu questionamento: se as crianças só veem a si mesmas, a seus umbiguinhos e a suas necessidades e desejos, como podem louvar a Deus perfeitamente? Como, se em suas vidas Ele não é o centro?
Eu juro que queria entender, pra não querer deixar de ser criança jamais!

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