domingo, 15 de março de 2009

Mente sem fronteiras

Outro dia assisti a um comercial na TV que está, definitivamente, entre meus favoritos. http://www.youtube.com/watch?v=x0O_ZZ_e4wA
O conteúdo desse vídeo é a ênfase em como as fronteiras do mundo estão se abrindo e como isso, de certa forma, é inútil a uma mente estreita.
Por um lado, isso é realmente verdade e nos faz preocupar em ter uma mente sem fronteiras, que busca novas informações e novos conhecimentos. Ter uma mente sem fronteiras amplia nossa visão de mundo e nossa compreensão acerca da humanidade e de nós mesmos. O conhecimento proporcionado pode trazer curas, libertações de provincianismos e/ou misticismos infundados e muitos avanços tecnológicos sem os quais não seríamos capazes de viver atualmente.
Por outo lado, contudo, preocupa-me outra dimensão de uma mente sem fronteiras. Ter uma mente assim, pode significar ter uma mente sem limites e sem princípios. Preocupa-me a possibilidade, em certa medida já concretizada, de com isso criarmos seres humanos sem moral, que acham que tudo podem por seu bem-estar imediato.
São mentes sem fronteiras que matam dezenas em escolas norte-americanas e que desviam milhões de reais do governo. São mentes assim que desmatam a Amazônia insustentavelmente e que violentam crianças. Que arremessam mulheres pra fora de carros e crianças por janelas de prédios. Que traem, enganam, omitem e vivem o hoje, como se não houvesse amanhã.
A idéia das fronteiras é interessante e, a meu ver, até saudável. Fronteiras não tiram a liberdade, mas limitam a irresponsabilidade. Viver sem fronteiras, em última instância, é viver irresponsavelmente.
Acho que gosto mesmo é da parte do comercial que sugere que a mente não pode ser estreita. Mas com fronteiras definidas, que nos impeçam de destruir-nos e aos outros.

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