quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Cristianismo burro no Brasil

Com todo respeito, verdades sejam ditas.
Cheguei à conclusão de que o catolicismo no Brasil é um burro, um jumento. E por isso mesmo tem perdido público, pra não dizer fiéis, pra igrejas tão cristãs quanto, mas com enfoque diferente. E igualmente burras são essas igrejas.
Explico-me.
Num país em que as famílias são desestruturadas e em que o número de mães solteiras é enorme; num lugar onde os poucos pais que existem, muitas vezes fogem de seus filhos ou deles são obrigados a se afastar para ganhar algum dinheiro; e onde no fim das contas as pessoas crescem com mães, avós, tias e irmãs, o povo não tem carência de mãe e, portanto, de Maria. Pra que enfatizar tanto a pessoa de Maria como se ela tivesse sido qualquer coisa além de humana? Os brasileiros já tem marias em casa. Não precisam de mais uma!
Algumas igrejas que se intitulam evangélicas, muito mais espertas, observaram isso. Viram que num meio de filhos da mãe, o que chama a atenção é o pai e passaram a explorar a idéia do Deus Pai, como se só isso ele fosse.Atraíram e tem atraído milhares de filhos da mãe que buscam um pai e que, inconsciente ou conscientemente, passam a transferir para Deus todas as fantasias de pai que sempre tiveram. Mas também não do pai fantasia, super-herói que eles precisam.
E é isso que sustenta os dois tipos de igreja. Os filhos sem pai, que odeiam o pai e que o veem como inacessivel, ficam ali, adorando, venerando a mãe. Já os filhos sem pai, que sempr sonharam com um e que sempre fantasiaram um, vão ali, venerar o Pai.
De qualquer forma, é burrice. De qualquer forma é mentira. De qualquer forma é idolatria.
Os primeiros idolatram Maria e precisam dela pra se chegar a Deus, ou seja, não são de fato cristãos, não precisam do Cristo morto e ressurreto. Os segundos idolatram o deus que eles mesmos criaram, o deus paizão a quem eles não devem nada e com quem querem ter uma relação profunda. Nem por isso são cristaos fiéis também. Eles também não precisam de Jesus, tem por si só e por sua carência livre acesso ao pai que criaram.
Graças a Deus não só de um cristianismo burro o Brasil se faz. Graças a Ele, que é Pai, mas também Justo, Soberano, Senhor, Santo, graças somente a Ele, há também um outro tipo de brasileiro: filho de pai e mãe, filho da mãe, filho do pai, filho de ninguém, mas que sabe que independente se sua história familiar terrena, há o Deus Eterno, por meio de quem todas as coisas foram criadas e para quem todas as coisas existem. Só nesse terceiro cristianismo, a palavra tem real significado. Só conhecendo a Deus e a Maria como eles realmente são, Cristo cumpre seu papel. Só assim, precisamos de Cristo não para cobrir nossos traumas ou para fugirmos deles. Só assim, precisamos de Cristo para vivermos para Aquele que nos criou.
Espero que um dia eu escreva outro artigo,falando de um cristianismo menos burro e mais cristão que domina o Brasil.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Uma carta de amor

Você,

Queria ouvir: Eu amo você!, sem medo.

E,dizer, sem medo.

E em decorrência das duas falas, usar os pronomes de primeira pessoa do plural: nós, nosso, conosco.

É tão melhor serem dois que um! Que muitos! Que nenhum!

É melhor sermos eu e você! Só eu e só você!

Inevitavelmente apaixonada,
Nair

domingo, 26 de abril de 2009

Uma adolescência vazia de si

Essa postagem é pra meu desabafo em relaçao a adolescencia desses últimos anos. Na minha época, parece que a gente nao era bem assim. Talvez eu nao era e nunca tenha sido assim.
Mas observo com pesar que a geracao que está se formando e que hoje se encontra com mais de 10 e menos de 20 e poucos anos é uma adolescencia ao mesmo tempo cheia e vazia de si.
Digo isso porque tenho estado incabulada com a razao de ser dessas pessoinhas. Parece, a meu ver, que tudo o que procuram é tirar fotos pra por no orkut e expor suas vidas pessoais ao mundo inteiro. Os orkuts estao sempre cheios de fotos de todas as situaçoes de suas vidas e de depoimentos emotivos e recados que relatam até brigas.
Outro dia fiquei sabendo de uma adolescente linda, prestes a completar seus quinze anos, que abolirá de seu baile de debutantes as tradicionais quatorze moças, amigas, que dançam a valsa com quatorze moços, amigos. Ao perguntar o porquê dessa escolha, ouvi que ela nao de sentiria a vontade se, em seu baile, em sua noite, qualquer outra moça tomasse os olhos que deveriam ser seus. Eu nao disse nada, mas dentro de mim, pensei: que vazio é esse que a faz competir com suas próprias amigas? Que falta de força interna é essa que a leva a achar que, mesmo que todos os olhos nao estejam sobre ela, ela nao é amada? Nao falei nada e me entristeci.
Além disso, recentemente um aluno meu me falou de um site, que seria parecido com um blog, em que os adolescentes postam tudo o que estao fazendo, querendo e pensando naquele momento. É como se fosse um blog que é atualizado a todo momento e que serve, basicamente, pra se mostrar. Isso me preocupa bastante.
Será que sempre foi assim e eu que nunca notei? Ou será que esse tipo de comportamento é reflexo de famílias desestruturadas em que os pais trabalham fora o dia todo e as crianças e adolescentes nao tem com quem conversar, com quem desabafar, a quem se mostrar? Será que esse excesso de exposiçao nao se deve também a uma carência de si, de identidade, que os faz buscar fundamentar seu ser na compreensao e visao que os outros tem de si?
Nao sei ao certo. Nao tenho respostas para nenhuma dessas perguntas e apenas vagos sinais que me levam a pensar assim. Mas sou profundamente critica em relaçao a esse comportamento, a construçao de identidades assim.
Vislumbro um futuro de jovens adultos imaturos, que usam os outros para seu prazer e até quando precisem, como fazem com objetos de uso pessoal. Nesse mesmo futuro, haverá líderes de naçoes, médicos, advogados, professores e quaisquer outros cidadaos que nao conhecem a si e que, na busca desenfreada por si, deixam suas vidas pessoais e públicas a mercê da opiniao alheia. Esse futuro também terá como característica cidadaos essencialmente egoístas e imediatistas que nao sabem suportar o sofrer e nao ter o que querem e que, para chegar onde querem, fazem qualquer negócio. Sobretudo um futuro de gente que faz qualquer coisa pra ser vista e elogiada e gente que desonhece o agir e o ser por uma motivaçao pessoal, eterna. Gente que nao sabe a diferença entre ter, agir e ser e que por isso mesmo, nao é.
Você quer um futuro assim?
No, thanks.

sábado, 25 de abril de 2009

A potência sem manual

Um comentário breve sobre o artigo da Revista Newsweek que explora a emergência do Brasil como uma ilha de sólida democracia de livre mercado, estabilidade e Estado de direito, em meio ao mar de tormentas da América do Sul.Além disso, ressalta a estratégia histórica tupiniquim de conter inimigos e firmar pilastras por meio da diplomacia e nao de tanques de guerra, solidificando-se como líder regional e exemplo pra outras potências emergentes em questoes econômicas.
E termina dizendo:


"Isso pode ser política de risco. Mas as apostas estão nos brasileiros. Sem um manual para se tornar uma potência global, o Brasil de Lula parece estar escrevendo o seu próprio manual"

Concordo: isso pode ser política de risco! Deixemos o Lula tentar! No entanto, parece que este é o destino a que estamos fadados: a existência irracional, mas humana, sem manual. A mesma existência, em seu tanto medíocre, que nos trouxe até aqui e que o levou até onde está.

Fazendo o que faço melhor

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Just for laughing

This story deals with a rather old fashioned lady, who was planning a couple of weeks vacation in Florida. She also was quite delicate and elegant with her language. She wrote a letter to a particular campground and asked for reservations. She wanted to make sure the campground was fully equipped but didn’t know quite how to ask about the “toilet” facilities. She just couldn’t bring herself to write the word “toilet” in her letter. After much deliberation, she finally came up with the old fashioned term “Bathroom Commode,” but when she wrote that down, she still thought she was being too forward. So she started all over again; rewrote the entire letter and referred to the “Bathroom Commode” simply as the “B.C.”. Does the campground have its own “B.C.?” is what she actually wrote.

Well, the campground owner wasn’t old fashioned at all, and when he got the letter, he couldn’t figure out what the lady was talking about. That “B.C.” really stumped him. After worrying about it for several days, he showed the letter to other campers, but they couldn’t figure out what the lady meant either. The campground owner finally came to the conclusion that the lady was and must be asking about the location of the local Baptist Church. So he sat down and wrote the following reply: “Dear Madam: I regret very much the delay in answering your letter, but I now take pleasure of informing in that the “B.C.” is located nine miles north of the camp site and is capable of seating 250 people at one time. I admit it is quite a distance away if you are in the habit of going regularly, but no doubt you will be pleased to know that a great number of people take their lunches along, and make a day of it..... They usually arrive early and stay late. The last time my wife and I went was six years ago, and it was so crowded we had to stand up the whole time we were there. It may interest you to know that right now, there is a supper planned to raise money to buy more seats.....They plan to hold the supper in the middle of the B.C., so everyone can watch and talk about this great event.....I would like to say it pains me very much, not to be able to go more regularly, but it is surely not for lack of desire on my part....As we grow older, it seems to be more and more of an effort, particularly in cold weather..... If you decide to come down to the campground, perhaps I could go with you the first time you go ... sit with you ... and introduce you to all the other folks. ... This is really a very friendly community.





E depois as pessoas nao entendem porque eu sempre quis fazer letras e nao se conformam com o fato de que eu amo as letras, as palavras, as frases mal ditas, mal interpretadas e textos inteiros.
That's why!!!!!!!!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Família

Eu comecei a pensar nesse assunto ultimamente.
Até um tempo atrás, eu achava que toda família era como a minha: riso fácil, comunhão quase constante, mentes comuns, conversa, conversa, silêncio, choro...
Mas daí eu descobri que nem com todo mundo é assim.
Primeiro eu comecei a observar que há famílias que se desfazem, casais que separam e filhos que ficam divididos, ou sem saber o que fazer, ou tendo bem claro que não gostam do pai ou da mãe.
E ainda mais tarde descobri que há famílias nas quais existe uma falsa união. Vivem juntos e pras outras pessoas parecem muito unidos e felizes, mas, de fato não são.
E ainda mais tarde, eu percebi que há famílias em que não há comunhão alguma, e pouquíssima coisa compartilhada. Famílias nas quais os diálogos são travados, truncados e difíceis e onde o silêncio causa constrangimento.
Acho isso tudo tão triste!!!!!!!!!!
Lembrei de um autor que admiro muito chamado C.S. Lewis. Ele subdivide o amor em algumas categorias, dentre elas, o amor familiar, ou, do grego storge. Pode também ser entendido como afeição e o critério principal que o define é uma familiaridade confortável, um sentir-se em casa e à vontade. É o amor modesto que sentimos por pessoas que temos por certas e esse ter por certo, que é um escândalo para o amor erótico, até certo ponto é considerado correto e adequado no caso de storge. Daí, não sei se corretamente, cheguei à conclusão de que nessas famílias já não existe esse amor familiar.
Acho isso tudo tão triste!!!!!!!!
Eu acho triste demais. Minha família não é perfeita e na verdade está longe disso. Tem dias que tudo o que quero é estar longe deles e sei que eles também, em dias como hoje, querem estar longe de mim, mas a gente se sente à vontade, confortável e nos temos por certos um pro outro. E no fundo, acho que queria que todas as pessoas, ou algumas pessoas, tivessem uma família ao menos parecida com a minha, em que esse amor afetivo não tenha morrido. Mas não é assim.
E onde não há esse amor, não há nenhum?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Compaixão 2

" Todas as línguas derivadas do latim formam a palavra compaixão com o prefixo com- e a raiz passio, que originariamente significa sofrimento. Em outras línguas, por exemplo, em tcheco, em polonês, em alemão, em sueco, essa palavra se traduz por um substantivo formado com um prefixo equivalente seguido da palavra sentimento.
Nas línguas derivadas do latim a palavra compaixão significa que não se pode olhar o sofrimento do próximo com o coração frio; em outras palavras: sente-se simpatia por quem sofre...
É por isso que a palavra compaixão em geral inspira desconfiança; designa um sentimento considerado de segunda ordem que não tem muito a ver com o amor. Amar alguém por compaixão não é amar de verdade.
Nas línguas que formam a palavra compaixão não com a raiz passio, "sofrimento", mas com o substantivo sentimento, a palavra é empregada mais ou menos no mesmo sentido, mas dificilmente se pode dizerque designa um sentimento mau ou medíocre. A força secreta de sua etimologia banha a palavra numa outra luz e lhe dá um sentido mais amplo: tre compaixão (co-sentimento) é poder viver com alguém sua infelicidade, mas é também sentir com esse alguém qualquer outra emoção: alegria, angústia, felicidade, dor. Essa compaixão designa, portanto, a mais alta capacidade de imaginação afetiva, a arte da telepatia das emoções. Na hierarquia dos sentimentos, é o sentimento supremo.
Quando tereza sonhava que enfiava agulhas sob as unhas, ela se traía, revelando assim a Tomas que mexia em suas gavetas às escondidas. Se alguma outra mulher tivesse feito isso com ele, nunca mais ele teria lhe dirigido a palavra. Como tereza sabia disso, dizia: "Mande-me embora1". Ora, ele não somente não a mandou embora, como lhe tomou a mão e beijou a ponta de seus dedos, pois, naquele momento, ele próprio sentia a dor que ela experimentava sob as unhas, como se os nervos dos dedos de tereza estivessem diretamente ligados ao cérebro dele.
Aquele que não possui o dom diabólico da compaixão (co-sentimento) só pode condenar friamente o comportamento de Tereza, pois a vida particular do outro é sagrada e não se abrem gavetas onde ele guarda sua correspondência pessoal. Mas como a compaixão se tornara o destino (ou a maldição) de Tomas, parecia-lhe que era ele mesmo que tinha se ajoelhado em frente à gaveta de sua escrivaninha e que não conseguia tirar os olhos das frases escritas pela mão de Sabina. Compreendia tereza, e não somente era incapaz de lhe querer mal, como a amava ainda mais."

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Educação e fé

Desde muito pequena eu queria ser professora. Uma das poucas lembranças que tenho da infância é de brincar de escolinha com minhas amigas e com meus irmãos. E o gosto era tanto que meu pai chegou a pintar uma parede inteira como se fosse quadro negro para que eu pudesse escrever e ensinar o quanto quisesse. Nessa época era também fã da Tia Sirlene que me alfabetizou.
Depois, já na adolescência, continuei a querer ser professora e quando foi época de decidir o que cursaria na universidade, não tinha dúvidas sobre minha escolha e meu desejo pessoas. As pessoas riam de mim, diziam que eu era inteligente demais pra querer ser professora e acho que de certa forma o preconceito me afetou, a ponto de eu ir cursar relações internacionais.
Depois de formada, com o auxílio de Deus, comecei a ensinar e é isso que faço até hoje, felizmente, com toda a alegria no coração. Essa profissão não me dá dinheiro nem status, mas me alegra e alimenta a alma.
E o que mais gosto em ensinar é que, quando ensino, me esvazio de mim mesma e vivo minha fé.
Quando entro numa sala de aula, é hora de ouvir e falar ao aluno, a meus amados alunos. Aí, é o tempo deles que conta, os interesses deles, os problemas deles e suas histórias. Se meus alunos gostam de Bioncé, o que fazer, levar Cold Play, pra meu prazer? Jamais! E na sala de aula, irei eu falar de minhas desilusões e sofrimentos? Também, jamais.
Assim, eu ouço, quando dá eu falo e sempre aprendo. Eu ouço do medo do vestibular, da viagem pros Estados Unidos, e não importa quão óbvio é pra mim que o certo é dizer "to", antes do verbo, porque é infinitivo. Eu estou ali pra ensinar e pra respeitar o tempo que eles têm pra processar e compreender cada aspecto de uma nova línguas.
Nesse processo, não há espaço pra mim e eu me esqueço de mim. Eu esqueço do cheque que vai cair, da noite mal ou não dormida, da distância incurtável, das perguntas sem respostas e dos sonhos não realizados.
Educando, vivo minha fé. Dou-me, exalto e anuncio.
E acho que por isso, esses são meus momentos sublimes e que me vivificam.


Ah, por falar em morte e vida, foi no sono que ganhei vida ontem, quando me falatavam palavras.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Enough is enough

Plagio o título, pois estou tão esgotada de palavras...
Procuro-as, mas não encontro.
E sinto-me morrendo.
As palavras parecem agora fazer parte do meu eu. E parecem ser o ar que preciso pra viver.
Sem saber o que quero expressar e como fazê-lo, morro sufocada.

Talvez apenas um grito resolva!E aquilo que mais preciso seja na verdade apenas um: AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Se conseguir soltá-lo, ou se mesmo no silêncio, achar vida, você saberá!

domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa

O feriado foi uma viagem de última hora que resultou em: risadas, choro, conversas, brigas, encontros, desencontros, descobertas, anseio, noites mal dormidas, Deus, a fé no Cristo que viveu de novo (eu descobri que eu odeio a palavra ressuscitou), a esperança renovada de conhecer o Peru em julho, algumas canções e a lembrança de uma citação.

"Quero ser como criança, te amar pelo que és, voltar à inocência e acreditar em Ti. Mas às vezes sou levada pela vontade de crescer, torno-me independente e deixo de simplismente, crer."

"I could live without many things and I could carry on. But I couldn´t face my life tomorrow without your hope in my heart, I know. I can´t live a day without You. There´s no night, and there´s no morning without your loving arms to hold me. You´re the heartbeat of all I do. I can´t live a day without you."

" Mas a raposa retomou seu raciocínio.
- Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. E isso me incomoda um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. Os teus me chamarão para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo pra mim não vale nada. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste!Mas tu tens cabelos dourados. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará com que me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
(...)
Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
-Ah! Eu vou chorar.
-A culpa é tua-disse o principezinho. Eu não queria te fazer mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis - disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! - disse ele.
- Vou - disse a raposa.
- Então não terás ganho nada!
- Terei sim- disse a raposa- por causa da cor do trigo. "

Algo aconteceu para que todos os meus dias fossem sábados.

Concluindo: dias necessários; uma melancolia branca; eu, ora no papel do principezinho qu acha que não ganhou nada, ora no papel da raposa que só ouve passos que a fazem entrar na toca; e a certeza calada de que Ele vive, voltará, e me levará.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Palavras

Descobri que a palavra mais bonita da língua portuguesa é escuderia. Não que eu admire formula 1 ou entenda muito desse assunto. Nada disso. Mas acho que é uma palavra que soa muito bem, forte e agressiva.

Em termos etimológicos, nada mais belo que misericórdia= pôr seu coração na miséria do outro. É muita cor pra uma palavra só.

A palavra inglesa pra idioma é language e pra língua, órgão do corpo humano, é tongue. Mas as pessoas, em inglês, oram em tongues, não em foreign languages. Vá entender!!!!!!!

Breakfast = "break the fast" = quebrar o jejum = desjejum = café da manhã. rsrsrsrs

Tem palavras mais tristes que meu e seus variantes? Estranho como a gente cria uma palavra pra designar uma coisa que na verdade não existe. Nada é de ninguém! Ninguém é de ninguém!

Aleluia!= a eternidade em palavra

Por falar nisso, eternidade

E fim.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Mais umas perólas...

"A Nair? Mas como assim, a Nair fez isso? Por que?" e três dias depois: "Eu não consigo acreditar, a Nair?" Não dá mesmo pra acreditar. Pelo menos algumas pessoas veem que estou, normalmente, acima de minhas atitudes! rsrsrs

"Naizinha gotosinha, huuuum! Amocê tá!" E o mundo faz todo sentido!

"Você não deveria desistir assim tão fácil. Cria coragem e vai fazer medicina.Eu acho que é a sua cara." kkkkk Vou ter que começar a fazer WR!

"Well done Nair! You´re doing a great job!" E eu, achando que ia ser demitida.

"Ah, você podia também deixar um extrato da conta aqui, como documento, pra eu ver direitinho como vai a conta."

"Não preocupa com o que tem na conta. Só preocupa em me dizer o que eu tenho que pagar."

Olhos e coração

Se não conseguir lavar seus olhos e por si só iluminar-se, consulte um oculista, vários oculistas, uma, duas, quantas vezes precisar. Custe o tempo que lhe custar, ele te ajudará a ver cores e formas que você antes não conhecia, de cor.E de quebra você ainda descobrirá que um bom oftalmologista pode ser também seu necessário desfibrilador.

Um largo e amoroso sorriso!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pérolas da vida

A taxa do cheque devolvido mais que dobrou de uma semana pra outra!

"My maid cleans the kitchen everyday because if she does not do that we might see crocodiles in our pantry." Eu saía correndo se eu visse um crocodilo Dande na minha cozinha!!!!!!

"I help my mom clean the chicken everyday". E eu imaginando a moça depenando um frango!

"Teacher, vc não vai nem me falar Happy Birthday? Eu acertei a frase todinha!!!!!!!!"

"Ah, tô sentindo um clima nessa aula!Ê vocês dois tão de paquera. A resposta: " Ah, teacher, nothing to see, nothing to see"

"Bárbara manatee, manatee, manatee"

Como assim, LT, LEV, LV! Ai meu Deus, eu fico louca com tanto laudo e projeto e site!

"Teacher, you´re so sarcastic!"

Você não ri de mim não que eu que pago seu salário agora!

" Isso mesmo, pode me jogar no chão, me matar, eu não importo de viver não!"

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Verbos vs. Substantivos

"Se você e eu somos amigos, há uma prontidão dentro de nosso relacionamento. Quando nos vemos ou quando estamos separados, há a prontidão de estarmos juntos, de rirmos e de falarmos. Essa prontidão não tem definição concreta: é viva, dinâmica e tudo que emerge do fato de estarmos juntos é um dom único que não é compartilhado por mais ninguém. Mas o que acontece se eu mudar "prontidão" por "expectativa", verbalizada ou não? Subitamente a lei entra no nosso relacionamento. Agora você espera que eu aja de um modo que atenda às suas expectativas. Nossa amizade viva se deteriora rapidamente e se torna uma coisa morta, com regras e exigências. Não tem mais a ver com nós dois, mas com o que os amigos devem fazer ou com as responsabilidades de um bom amigo... Ou com as responsabilidades de marido, de pai, empregado ou qualquer outra coisa."